O dia Nacional da Impunidade

1o anos depois, mesmo julgado e condenado no Tribunal do Júri, Pimenta das Neves continua solto. Enquanto os pais, os irmãos, a familia de Sandra Gomide sofre a agressão de vê-lo assim, como nessa foto, curtindo o sol, na praia, como qualquer cidadão que nunca tenha puxado o gatilho contra ninguém!

Esse devia ser mesmo o dia nacional da impunidade!
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A prova é a testemunha

O livro, como bem disse o criminalista Thiago Anastácio, permite mais do que uma leitura: você "assiste" ao juri. O registro é absolutamente fiel, e a prova disso está aí, na comparecimento do promotor Cembranelli e do advogado de defesa, o dr Podval:

Aqui estou eu com dona Rosa, avó de Isabella, Daniella Solberg, Ilana Casoy  e o promotor Cembranelli

E nessa útima com dona Rosa e o pessoal do blog da Isabella, que teve uma participação mais do que especial, na luta para que se fizesse justiça:

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Estreia: LUTO COMO MÃE

Estreia agora em Agosto o documentário mostrando a luta das mães de vítimas da violencia policial. Emocionada de ver as mães de Acari, a Vera que não está mais conosco e a Marilene, que continua incansável em sua batalha.
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Lançamento

O livro da Ilana é uma transcriçao fiel e detalhada do julgamento do casal Nardoni.

Em todo caso policial de grande repercussão as pessoas escutam muitas versões. E num país como o nosso, que dá aos reus o direito de mentir e caluniar em defesa própria, elas tomam proporções incontroláveis, nas páginas dos jornais e programas de TV.

As dúvidas semeadas acabam permanecendo, porque os julgamentos -onde elas são desmontadas ou nem sequer chegam-  são restritos a uma pequena platéia. E se essas versões ocuparam com destaque as páginas do noticiário durante os anos que separam o crime da realização do juri, a verdade resgatada no Tribunal só terá a página do dia seguinte. Depois, morre o interesse.

Por isso esse livro é tão importante. Além de fazer o registro de um julgamento que é um marco na história do judiciário brasileiro, ele permite que o grande público tome conhecimento das provas que condenaram o casal Nardoni, e impossibilita que daqui a um tempo estejam nos programas de TV e nas páginas das revistas, sugerindo que ainda existam "versões"a fabricar!

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Constrangedor!

Nos últimos dias temos presenciado tantas aberrações nesse terreno da Justiça, que é impossível não insistir no tema!

Mizael Bispo, denunciado pelo assassinato covarde e cruel da advogada Mercia, foi solto por decisão de uma desembargadora que, ao conceder a soltura,reconheceu a força das provas apresentadas pela polícia para mandar prendê-lo. Ao mesmo tempo, é decretada a prisão preventiva de uma pobre senhora, mãe de 10 filhos, que furtou uma bermuda! isso mesmo: uma bermuda para um dos meninos!

É quase impossível entender os critérios da justiça brasileira, e uma justiça que não tem regras claras, ao alcance da compreensão de toda sociedade, só pode ser ineficiente, como é a nossa.

Matar dá cadeia? roubar dá cadeia? no código, dá. Na prática, depende! às vezes sim, às vezes não!

Essa benevolência para com o crime é a mais perversa das heranças deixadas pela ditadura militar. Os "subversivos"daquela época, presos e misturados aos presos comuns, acabaram por incorporar a idéia dos ditadores de que divergencia de pensamento é crime, quando passaram a enxergar todo e qualquer prisioneiro como uma vítima. Vítimas eram eles. Assassinos, estupradores e ladrões fazem vítimas!

O fato é que esse equívoco tem feito grandes estragos e, desde então, subindo ao poder, a geração que enfrentou a ditadura e se arriscou tanto em nome de um ideal que pretendia resgatar os direitos das classes menos favorecidas, empenhou-se em produzir uma legislação que, na prática, só fez acentuar as diferenças! Fácil de constatar: as cadeias estão aí, cheias de jõaos ninguém. Os mesmos crimes, cometidos por gente que pode pagar bons advogados, permanecem impunes.

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É… Mizael Bispo tem mesmo do que rir!

Livre, leve e solto! pelo andar da carruagem ele vai continuar assim, tocando sua vida como qualquer um de nos, até o resultado do júri transitar em julgado! trocando em miúdos: daqui a 15, 20 anos ou mais, dependendo da arte do advogado em tirar proveito das muitas possibilidades de recurso! como aconteceu no caso da Maristela Just, julgado 20 anos depois.

É... Mizael Bispo tem mesmo do que rir!

Enquanto isso, num país onde se respeita e escuta a voz da vítima, os sentimentos de Yoko Ono podem chegar aos juízes que vão decidir sobre a liberdade condicional do assassino de seu marido, Jhon Lennon, preso há 30 anos. Desde o ano 2000 ele tenta a condicional que lhe tem sido negada. Em todas as vezes, Yoko Ono se manifestou, exercendo um direito ao alcance de todos os cidadãos americanos, e que até hoje tem sido utilizado, também, pela mãe de Sharon Tate, a esposa de Polanski assassinada no final da gravidez por membros da familia Manson.

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Só no Brasil mesmo!

E o tal Mizael Bispo está solto de novo: depois de ter a prisão pedida e decretada pela Justiça, concederam a ele novo habeas corpus.

Imaginem o quanto doi, para a familia da advogada Mercia, ver esse homem na rua, assisti-lo na TV desafiando a polícia e a justiça, mandando dizer, através de seu advogado, que não acata a  decisão do juiz porque a considera injusta! recado bem entendido: quem decide é ele ou nada feito! Se a moda pega, hem?

Pode-se imaginar que, julgado e condenado, Mizael também não vá se sujeitar a cumprir uma pena que, com certeza, vai considera injusta, uma vez que chega ao Tribunal negando a autoria do crime.

Não bastasse o resto, só isso  já seria um bom motivo para negar-lhe o benefício! Toda solidariedade à família da advogada Mercia!
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Sai Baba

Aí está Sai Baba fazendo a famosa materialização do pozinho. Tem quem diga que é milagre, tem quem diga que é truque! E você? no que acredita?
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Mães de Acari pedem socorro à imprensa!

Amanhã às 11 e 59 da noite, a chacina de Acari completa 20 anos: o crime prescreve, encerram-se as investigações para encontrar os corpos dos chacinados, e os assassinos -se identificados- não poderão mais ser punidos! a não ser que, até esse horário, as investigações sejam reabertas.

Durante 20 anos, o que essas mães guerreiras enfrentaram pelo direito de enterrar seus filhos, é coisa que desafia a imaginação de qualquer um! Mas 20 anos é muito tempo, e há muito tempo elas deixaram de ser notícia, de modo que as gerações mais novas pouco ou nada sabem sobre as mães de Acari.

As que sobreviveram continuaram incansáveis, batendo nas portas das autoridades e clamando pelo apoio da imprensa, para evitar que tudo termine em pizza, como se anuncia! Só a imprensa poderá dar amplitude a esse clamor! Só a imprensa poderá, nesse momento, fazer a diferença, evitando que a saga dessas mães tenha sido vã, com a prescrição do crime!

Pena que elas vivam num país onde revistas que se pretendem sérias, dediquem nessa semana o espaço que deveria ser delas para glamourizar um psicopata assassino, condenado no Tribunal do Juri por homicídio duplamente qualificado, premeditado e torpe.

Há algo de podre no reino da Dinamarca! Mas também é verdade que ainda podemos contar , nesse meio, com gente comprometida com a defesa da justiça e da cidadania!

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Violencia contra a mulher-um blog de quem viveu

A Maria de Fátima viveu o problema e escreve pra gente, divulgando o blog que fez para ajudar mulheres que estão passando ou passaram pela mesma situação:

Olá:

Meu nome é Maria de Fátima Jacinto (Fátima), tenho 49 anos, sou uma ex-vitima de violência doméstica, tenho três filhos, um faleceu em janeiro de 2009 em um acidente automobilístico. Até então eu era massoterapeuta, mas com a morte do Vinicius, fiquei sem condições de fazer massagens, (meu trabalho exige que estejamos com um nível energético muito bom, e não tenho conseguido manter…). A morte nos transforma muito… Assim comecei a entrar na internet, a ver como funcionava até que descobri os blogs, e resolvi fazer um, para contar as coisas que vivi, falar sobre a violência que meus filhos e eu sofremos… Assim surgiu o Uma Mulher, que hoje é um blog voltado para a conscientização de mulheres que como eu sofrem ou sofreram violência, nas mãos de um psicopata… Gostaria muito de ver meu trabalho bem divulgado, bem visto, por mulheres que procuram ajuda e não conseguem ver uma saída… Descobri que a única forma de sair de uma situação dessa é conhecer profundamente o problema, é saber que não somos as únicas, é realmente estudar o assunto… Vou deixar o link do meu blog, para que vocês possam está apreciando, e se possível me ajudando a divulgar meu trabalho. Aproveito para me colocar a inteira disposição, para prestar depoimentos, e o que mais for preciso para que outras mulheres tomem consciência da gravidade desse problema. O meu link é http://araretamaumamulher.blogspot.com/ Aguardo uma resposta Maria de Fátima Jacinto

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Paulo Moura: a última apresentação

Clara Inem manda pra gente:

Sábado 10 de julho Paulo Moura reuniu forças para tocar a última música – "Doce de Côco", de Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho – com seu parceiro de longa data Wagner Tiso, acompanhados por Daniela Spielman e Vicente Alexin ( clarinetas). Ao lado de sua mulher Halina, o filho Domingos, o sobrinho Gabriel, amigos e admiradores, e alguns pacientes da Clínica São Vicente, maravilhados com aquela inusitada e comovente celebração musical. Ele faleceu na segunda feira, 12 de julho. Vejam a última apresentação:

Despedida from Eduardo Escorel on Vimeo.

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