Crianças traficadas-entrevista

E na sexta feira, a primeira entrevista com um brasileiro traficado para Israel: o Lior.

Nos anos 80, mais de 3000 crianças foram traficadas para adoção em Israel. Apesar de viverem bem e integrados à familia que os acolheu, eles querem conhecer sua origem. A dificuldade é que a documentação, de modo geral, é falsa.

Vamos esperar que a divulgação de seus depoimentos, do pouco que sabem sobre sua história, e das fotografias do passaporte sejam suficientes para que alguém os reconheça. Na foto, estou com o Gerson, que faz a tradução da entrevista.

3 Responses to Crianças traficadas-entrevista

  1. Maria Luiza Jacobson julho 29, 2012 at 11:16 am #

    Gloria, há tempos quero falar com você, mas não encontrei um e-mail seu para enviar-lhe uma mensagem. Assim, vou tomar a liberdade de “pegar uma carona” aqui.
    Estou pedindo, na Justiça, a guarda de um netinho meu, atualmente com cinco anos de idade, e cujo pai (meu filho) faleceu em um acidente de moto, em uma cidade do interior do Ceará, quando ele tinha apenas quatro meses.
    A mãe dele vive maritalmente com um rapaz que está preso desde o ano passado por porte de armas, drogas e corrupção de menores, já que um sobrinho dela, de 16 anos, e que vivia com eles, foi preso com ele, também armado. Um policial militar prestou um depoimento afirmando não só a periculosidade do rapaz, que teve que ser transferido para uma penitenciária em outra cidade, pela sua agressividade em relação aos demais presos, mas, pior: que meu neto era levado às visitas íntimas, o que deixava esse policial chocado, porque, segundo ele, “acontecia de tudo na frente da criança”. Qualquer um, menos os juízes de lá, concordam em que esse não é, absolutamente, um ambiente adequado para a criação de uma criança. Se meu neto continuar lá, ele não terá opção a não ser tornar-se muito cedo um delinqüente, já que todos os modelos que ele tem para se espelhar estão envolvidos em atividades criminosas (inclusive, segundo eu soube, a sua mãe).
    Pedi uma tutela antecipada, para já retirar meu neto desse ambiente enquanto corresse o processo, mas o juiz decidiu que o melhor para a criança seria COLOCÁ-LO EM UMA FAMÍLIA SUBSTITUTA (!!), alegando que ele vir comigo para Brasília, onde moro, seria retirá-lo do ambiente (péssimo) ao qual está acostumado. Isso tudo está acontecendo em uma pequena cidade do interior do Ceará, chamada Caririaçu.
    Entrei com um Agravo de Instrumento no TJ em Fortaleza, mas o Agravo não foi admitido porque meu advogado (lá da região) ignorava os três documentos obrigatórios, listados pelo CPC para a admissibilidade do Agravo. Esse mesmo advogado fez uma petição para que a guarda fosse dada ao GENITOR PATERNO – o meu filho, MORTO HÁ CINCO ANOS! (Parece comédia, não? Mas é trágico).
    Contratei um ótimo escritório de advocacia em Brasília, e uma advogada foi até a cidade de Caririaçu, com uma cautelar pedindo que meu neto passasse duas semanas em Brasília, durante o período de férias, para conhecer a família do pai, que ele, aos cinco anos, ainda não conhece. O juiz indeferiu, e argumentou que, se meu neto viesse a Brasília “ia conhecer shopping” e um ambiente melhor, e não ia querer voltar para lá. Pode??
    Eu queria que você tomasse conhecimento disso, pela sua característica de sempre incluir um tema social em suas novelas. Sei que não sou a única avó que, tendo perdido um filho ou uma filha, tenta salvar um neto da ignorância ou exploração do outro genitor. E nem a única a conviver com decisões irracionais por parte de alguns juízes. Em Caririaçu tem havido uma alta rotatividade de juízes, praticamente um novo juiz substituto a cada mês, enquanto não é nomeado um titular para lá. Assim, eles nem lêem o processo e decidem arbitrariamente, influenciados pela parte que reside lá. O Juiz que decidiu pela colocação de meu neto em família substituta (nunca vi absurdo maior!) cometeu outro absurdo: sugeriu à mãe de meu neto (que acaba de ter o terceiro filho, do terceiro pai, no caso, o rapaz que está preso) que entrasse com uma ação de alimentos contra mim, e ela está pedindo na Justiça 30% dos meus “vencimentos líquidos”, seja lá o que isso signifique, já que ela não sabe quanto eu recebo mensalmente pela minha aposentadoria.
    No mais, Glória, só posso parabenizá-la pelas obras-primas que você tem escrito, e pela surpreendente repercussão positiva que você tem conseguido, na abordagem dos temas sociais escolhidos.
    Com os melhores votos,
    Maria Luiza Jacobson

  2. Cleide julho 30, 2012 at 3:34 pm #

    Boa tarde Glória, eu l no google que no Brasil, o tráfico de pessoas é maior fonte de renda com tráficos.temos que parar com isso. Sua novela vai abrir o olho do povo. Parabéns Cleide

  3. Maria Alice dezembro 4, 2012 at 6:46 pm #

    Escrevo porque sou mãe adotiva e meu filho tem irmã adotada por estrangeiros, de modo legítimo. Curitiba tem um excelente trabalho de adoção internacional feito com todo o rigor. crianças e adolescentes que já não tinham chance de adoção no Brasil, conseguem uma oportunidade. A questão é complexa. Gostaria que outros pontos de vista pudessem ser apresentados. Há tanto preconceito. O drama da adoção é sério mesmo quando não existe crime e abuso.

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