Author Archive | Gloria Perez

Salve Jorge: mais repercussão lá fora

Agora o convite vem da Austria. Vejam: Prezada Gloria Perez,

Temos um trabalho focado na educação, cultura e integração social em assistencia a comunidade Brasileira em Viena, Austria. Temos o CIMIBE, Comitê Internacional de Apoio a Mulheres Brasileiras no Exterior.

A nossa prioridade é a mulher, e o combate contra a violência doméstica e turismo sexual. Venho acompanhando a novela Salve Jorge e sei que sua presença será muito importante diante da comunidade e autoridade austríaca, Brasileira presente na Austria.

Venho por meio desta formalizar o convite a sua pessoa para participar do painel de Gênero, proferindo palestra sobre o papel da novela Salve Jorge e contribuição social da mesma em prol de consciêntizar o Governo Brasileiro

Na certeza de contar com seu apoio. Queila Rosa
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Mau jornalismo

Mustafa Goktepe dirige o Centro Cultural Brasil-Turquia em São Paulo e tem sido um parceiro e tanto para Salve Jorge.

Ingenuamente,  procurado pela revista VEJA, caiu na cilada daquelas entrevistas que o reporter traz pronta, e só precisa do encontro para colher uma aspa que legitime idéias que são dele, e não do entrevistado.

Mustafa me escreveu indignado, repassando a carta de protesto que fez para a revista! E eu repasso pra vocês. Coisa feia, gente! Caro Ricky da Veja Sao Paulo,
 Depois de ler a reportagem no Terraço Paulistano na revista Veja Sao Paulo desta semana, achei que é necessário enviar esta nota de esclarecimento. 
 
Acredito que tenha gravado a conversa, pode escutar novamente que em nenhum momento eu disse algo de crítico sobre a autora da novela. Eu disse que, por se tratar de uma novela e não um documentário ou um programa turístico de apresentação de países, não tínhamos expectativa de propaganda ou divulgação direta de nosso país. Isso não deveria ser interpretado como a autora, Gloria Perez, apresentaria coisas diferentemente da realidade. 
 
Também não disse que dei aula para o elenco. Disse que estivemos no workshop, visitamos a equipe na Capadocia, visitamos os cenários e gostamos muito da semelhança com os originais e enviamos algumas expressões de idioma e dicas sobre cultura. Tivemos algumas reuniões com Sra. Gloria e a equipe.
Eu falei dezenas de coisas que elogiavam a novela, filmagens maravilhosas da Turquia nas lentes das câmeras da Globo, expressões e cenários. Também critiquei alguns pontos, como quebra de garrafa, a não-concordância do protagonista com nome da novela e apresentação parcial da cultura apenas através de duas famílias bem distintas.
 
Lendo a reportagem, dá idéia de eu não ter falado nada positivo. Parece-me terem sido escolhidas as poucas partes de criticas e não o modo geral da minha entrevista, que foi muito mais positiva.
 
Eu compreendo que o espaço é pequeno e que podem usar uma parte da conversa na revista. Mas isso não justifica a seleção parcial da conversa, limitada com criticas e não falar nada das outras partes.
 
Atenciosamente.
 
Mustafa Goktepe
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Paz e respeito

Muita gente anda confundindo um princípio muito caro a todos nos -o direito de expressão- com o direito de dizer qualquer coisa caluniosa ou injuriosa a respeito de qualquer um.

Se o direito de expressão é sagrado, os direitos do indivíduo também são, e da mesma forma estão resguardados pela Constituição.

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Eles me inspiraram Aisha

Eles são brasileiros e foram traficados para adoção ainda bebês, como aqueles que a gente vê em Salve Jorge. São deles (e de muitos outros), os depoimentos que  vocês viram na novela.

Agora eles vieram ao Brasil, em busca de suas familias. Vamos torcer por eles, por esse reencontro.

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Vovô Turco

Os turcos são alegres e adoram dançar. Olhem só a perfomance desse vovô:
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O efeito Morena

Quando criei a sinopse de SALVE JORGE e fiz de MORENA sua protagonista, sabia que estava comprando uma polêmica e tanto, porque era a primeira vez, na história das novelas, que uma típica garota classe C, nascida e criada numa favela, com os valores e os hábitos de uma favela, protagonizava. E em horário nobre! Uma ousadia e tanto.

Por isso foi tão importante, para mim, a escolha da atriz que a representasse. E tão feliz a opção pela Nanda Costa. Nanda tinha uma carreira sólida no cinema, alguns prêmios de melhor atriz no Brasil e no exterior, e trazia ainda a vantagem de ser um tipo genuinamente brasileiro e rosto pouco conhecido do público de TV, já tão cansado das repetições que nos, autores, também gostaríamos de poder evitar.

MORENA não é uma garota do subúrbio, um tipo que todos já nos acostumamos a ver desde sempre em todas as novelas. Ela vem do morro. Cresceu no fogo cruzado da policia com os traficantes,aprendendo a viver sempre em guarda,se protegendo de balas que podiam chegar de qualquer lado. Cresceu na batida do funk, no território da sexualidade precoce. Filha de mãe adolescente, foi mãe adolescente também -teve seu filho aos 14 anos, com um namoradinho que conheceu no baile funk. "Filho do fervo", as meninas do Alemão resumiriam.

No seu mundo, tudo é luta. Ela está sempre alerta para se defender, seja da policia, seja dos bandidos, seja dos preconceitos do pessoal do asfalto,onde essas meninas são sempre discriminadas: olhadas com desconfiança e logo associadas a traficantes. Elas sabem disso, elas vivem isso no seu cotidiano. Então precisam de marra pra sobreviver. E não abaixam a cabeça. Enfrentam o preconceito sem se sentirem menores, conscientes de que nao tem culpa de terem nascido num pedaço da cidade que o Estado abandonou e deixou que o crime ocupasse.

Quem representa, em SALVE JORGE, o estranhamento que elas provocam quando convivem com outras classes sediadas no asfalto é dona Aurea, a mãe do capitão THEO. Ela gostaria de MORENA e enxergaria grandes qualidades nela, se  nossa personagem tivesse se mantido em seu quadrado. Mas Morena ultrapassou os limites do tolerável quando invadiu o espaço de dona AUREA, interferindo no namoro do capitão com uma moça "à sua altura".

Dona Aurea expressa esse preconceito velado, tão característico nosso: "mas com meu filho, não". Numa versão racista seria aquele célebre "tenho até amigos negros", e na homofóbica "tenho até amigos gays"

Tomara que Salve Jorge suscite nas pessoas essa reflexão: todos enxergam sempre com muita simpatia os moradores das favelas e o fato de que, hoje, tenham acesso a bens de consumo, possam fazer viagens e comprar os mesmos eletrodomésticos que a classe média pode comprar. Mas e quando eles derrubam os muros e chegam pra fazer parte da sua vida?

Essa é a questão que proponho discutir através da personagem MORENA

 
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a sentença de Macarrão e Fernanda

O desfecho do primeiro julgamento do caso Elisa Samudio dá o que pensar.

Homicidio triplamente qualificado,  torpe, covarde, merecendo 15 anos apenas de cadeia  para Macarrão (leia-se 12, porque os 3 relativos ao sequestro de Elisa e do bebê devem ser cumpridos em liberdade), e 5 para Fernanda, que depois de ver reconhecida pelo juri sua participação na trama para o assassinato de Elisa, saiu do tribunal livre, leve e solta.

Na base desse absurdo, está um desses afagos para criminosos bem caracteristico de nossas leis e da flexibilidade moral que nos rege: criminosos podem mentir, caluniar, injuriar, vale tudo em nome da defesa. E se forem espertos o suficiente para emplacar o que dizem... tem a impunidade legitimada!

Bruno e sua quadrilha fizeram isso durante desde o momento em que foram pegos: contaram todas as histórias da carochinha que lhes vieram à cabeça. A imprensa, por sua vez, ávida de material, divulgava os absurdos sem nenhuma crítica, sempre buscando semear  dúvida de modo a fazer render o assunto.

Elisa está viva? o menor que denunciou a trama fantasiou ou nao?  todas as especulaçoes foram feitas.

E embora a trama para o assassinato de Elisa estivesse, desde o inicio, clarissima para qualquer um que apelasse para um mínimo de bom senso, a dúvida se difundiu, tornando viável que Bruno e seus comparsas pudessem ser beneficiados por ela, saindo do tribunal sambando na cara da sociedade e prontos pra outra.

Por tudo isso, ainda que decepcionem as penas dadas a Macarrão e Fernanda, a juíza foi sábia aliviando a mão sobre Macarrão e garantindo, com a confirmação da morte de Elisa e a indicação do mandante, a condenação do resto do bando!

Nos Estados Unidos, mentir para a Justiça é considerado obstrução de justiça: Macarrão e Fernanda teriam pena bem mais elevada, só por conta disso. Aqui, a gente tem que "premiar"meias verdades!

 
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Uma mensagem da Tânia

A Tânia, mãe da Polyanna, escreve pra nos. Toda a minha solidariedade, Tania!
Prezados amigos,
 
 
 
Dia 23 de setembro de 2009 vivemos o pior dia das nossas vidas! O desaparecimento da minha filha Polyanna e logo em seguida a notícia da sua violenta morte.Durante tres anos caminhamos sobre pedras...sofremos continuamente a dor da perda, o desespero diante da covardia e da violência do crime, a falta de esclarecimento, os fantasmas das suspeitas, o descaso das autoridades, inúmeras frustrações...
 
Dia 10 de outubro de 2012, há quatro dias do aniversário da Polyanna, finalmente temos a publicação da sentença dos assassinos desse crime cruel, estúpido, irracional!
 
Quero agradecer a todos que nos acompanharam através de emails, cartas, abraços, entrevistas, matérias nos jornais, publicações, passeatas, folhetos, outdoors, orações, trabalho investigativo da polícia, enfrentamento dos delegados e agentes, assistência jurídica, aconselhamento, divulgação, mobilização e acima de tudo amor à nossa família! A todos que abraçaram a nossa causa, muito obrigada!
 
Quero agradecer ao Ministério Público que sempre nos recebeu com seriedade e responsabilidade! Quero agradecer aos Promotores que acompanharam a investigação, que nos ouviram e não desprezaram as nossas dificuldades.
 
Quero agradecer aos Promotores de acusação Dr. Arnaldo Machado do Prado e Dr. Robertson Alves de Mesquita.
 
Quero agradecer a imparcialidade do Juiz Exmo.Dr.Wilton Müller Salomão que presidiu as duas audiências e publicou a sentença que envio a todos vocês neste email.
 
 
 
Quero agradecer a DEUS que nos sustentou de alguma forma nesse vale de sombras , afinal nós nem mesmo sabemos como é possível viver....
 
 
Tânia , Sérgio, Ludmilla e Priscilla
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Lincoln Brandi faria 29 anos

Um crime estúpido, típico desses tempos em que matar ficou muito barato.

Foi em  janeiro desse 2012, lá em Juiz de Fora. Num bar perto de casa, Lincoln (Brandi Neto) assistia a um jogo de futebol, e foi pedir a  Daniel (Titone Craveiro) que diminuisse o som muito alto de seu carro. Daniel arrancou dali e voltou minutos depois, armado de um revolver, quando Lincoln já estava indo embora: matou-o a coronhadas.

Vera, a mãe de Lincoln, tem medo da impunidade. Sofre a casa recurso, a cada movimento da defesa. Hoje seria o aniversário de 29 anos do Lincoln. E ela pede que a gente não esqueça!

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Salve eles!

Nanda Costa e Luis Felipe Mello: mãe e filho em Salve Jorge
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Salve o Sergio!

Sergio, o de camisa vermelha, é um artista muito talentoso: faz esculturas com material reciclado. Vejam que beleza esse São Jorge!
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Vera de Acari, a Antígona brasileira

Está nos jornais de hoje: 20 anos depois, os "cavalos corredores", reus no processo da chacina de Acari, vão finalmente a julgamento.

Vera de Acari,  amiga querida, mãe guerreira, que perdeu a saúde e o muito pouco que tinha em busca do corpo da filha Cristiane, não está mais entre nos, para ver esse pouquinho de justiça sendo feita.

Durante muitos anos estivemos juntas, lado a lado, irmãs na dor maior que é a de perder um filho. Eu vi alguma justiça ser feita. Justiça capenga, mas a que era possível: Vera não viu nenhuma!

Ela teve a filha, Cristiane, assassinada junto com outros jovens da comunidade de Acari, e lutou como lutou Antígona, pelo direito de enterrar seu corpo.

Ninguém que não tenha convivido com Vera poderá supor de quanta garra e de quanta força essa mulher foi capaz. Pobre, doente,  vivia em romaria, cobrando investigação.  Chegou a cavar, com as próprias mãos, cemitérios clandestinos, quando as autoridades se recusaram a fazê-lo.

Formava, junto com as mães dos outros jovens assassinados na mesma ocasião, o grupo que ficou conhecido como Mães de Acari.

Lembro uma das vezes que vieram jantar aqui em casa, e me contavam, desesperadas, sobre a última descoberta da polícia: um sítio onde seus filhos teriam sido atirados aos leões criados ali, de modo a que nada restasse das vítimas

Vera se fazia querida onde chegasse. Sábia, generosa, solidária, conquistava a todos com sua fala emocionada e inteligente.

Será inesquecivel não só para quem compartilhou de sua luta, mas com certeza para todos os Ministros da Justiça que, ao longo desses anos, ocuparam o cargo e a receberam muitas vezes em seu gabinete.

Morreu carente de tudo, sem nenhuma assistência do Estado que tanto lhe devia. Ela não lutou por pensões, não lutou por mais nada: só queria enterrar sua filha! e não conseguiu! CLIQUE AQUI para ler a notícia
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