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Ligações perigosas

O que acontece quando um psicopata, viciado em manipulação, controle e poder, encontra uma mulher com baixa estima e personalidade fluida? dessas que só conseguem construir uma identidade través de um vínculo afetivo?

Os psicopatas tem “faro”para detectar pessoas vulneráveis: são as vítimas perfeitas!   casal

Vejam o que diz a Naty (bordergirl) sobre essa dependência afetiva:

“É muito louco você olhar pra trás no seu passado e perceber que em todos os momentos marcantes de sua vida você esteve ligada a alguém em especial. Amo como suicídio, já falei. Porém não é a morte física a qual estou me referindo, é a morte do “eu”. A cada vida, a cada grupo, eu agradecia aos Deuses simplesmente por ser aceita em seu círculo. O que eu teria para acrescentar? Acho que pelo menos dei a sorte de encontrar anjos pelo caminho. Lembro-me de um Natal em que passei com a família de Renato e meu outro melhor amigo, Leandro, acabou aparecendo por lá. Ficamos os 3 no quarto, eu deitada no colo de Leandro, a gente bebendo e combinando uma saída que nunca aconteceu. Éramos os 3 sozinhos ali e eu saboreava o momento de me sentir digna de estar perto deles. Hoje eu enxergo que ambos foram meus ‘namorados’ quando eu passava meus períodos solteira. De certa forma eu não estava sozinha e se eu tentasse fazer tudo direitinho, não seria abandonada.”

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um pouco mais sobre borders

Na busca de informações sobre o assunto, encontrei na internet a bordergirl.

Ela tem um blog e um canal onde nos conta como é viver com esse transtorno de personalidade. Já nos falamos e ela se dispôs a nos ajudar: está trocando figurinhas com a Debora.

É uma mulher inteligente, sensível e lúcida. Vale a pena ouvi-la.

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O que os borders querem?

borders

Nos meus trabalhos, quando retrato um  grupo, sempre pergunto a essas pessoas o que elas gostariam que os outros soubessem sobre elas. Foi assim com os dependentes químicos, os doentes mentais, os que tiveram o coração transplantado, as mães de desaparecidos, enfim… Foi assim agora também.

A Eilan, que tem o blog e um canal no youtube para compartilhar os problemas de ser border, respondeu assim:

Nossa! Essa é uma pergunta interessante. O que eu gostaria que as pessoas soubessem? Que a gente não faz as coisas que faz de propósito – quando temos crises de ciúme, quando manipulamos uma situação (sim, acontece…), quando temos crise de raiva… É como se o borderline fosse um óculos que usamos, sabe? Que faz com que não vejamos nenhuma outra alternativa a não ser chorar, gritar, se colocar como vítima da situação… Depois do tratamento, de tempo, conseguimos sim pensar um pouco mais logicamente, mas sem tratamento a vida se mostra sim nessas cores. Será que consegui me expressar bem?

Queria que soubessem que o border não gosta de ser sensível demais, de chorar uma hora e rir logo depois. Que não se corta pra chamar atenção. Que as cicatrizes são lembranças constantes de um descontrole momentâneo, mas que nos seguem para sempre (eu, por exemplo, terei que fazer um tratamento para tirar as marcas das minhas… a sorte é que crio gatos e que como as pessoas não estão familiarizadas com a auto mutilação, acham que eu estou só BEM arranhada por eles). Que o borderline é uma DOENÇA, que tem sim tratamento.

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O border e a automutilação

Esse é um aspecto muito delicado da condição border. E aí está a Eilan para falar do assunto

Esses depoimentos tem sido essenciais para a minha escrita e para a composição de  personagem da Debora.

Debora

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Mulheres que amam demais

 

casalEla é batalhadora, criou a  filha  sozinha e é uma graça de mulher. Mas quem disse que ela se enxerga assim, como os outros a vêem? Ela é uma border: vive imersa num caldeirão de emoções, em busca de uma identidade que só se realiza na ligação afetiva com o outro  -seja um amor, seja um amigo.

E porque precisa sempre do outro pra se sentir existindo, não consegue suportar as rupturas afetivas. Quando o outro se afasta, não é só ele que vai  -é a própria identidade dela que vai junto! Daí as explosões, os destemperos, os tresloucados gestos!

Debora é a border de Dupla Identidade.  E  ama um serial killer.

livros border Os dois livros falam do assunto: Ana Beatriz Barbosa é psiquiatra. Em Corações descontrolados ela traça um perfil da personalidade borderline.

Gilmar Rodrigues é roteirista na Globo. Escreveu com Fido Nesti esse Loucas de Amor, onde entrevista mulheres que vivem paixões tempestuosas por seriais killers, mudaram suas vidas e empenharam tudo de si para segui-los!

Entre as entrevistadas, a esposa do Maníaco do Parque (sim, ele se casou na prisão com uma professora), e a viúva eterna e devotada do Bandido da Luz Vermelha.

O que faz uma mulher amar um matador de mulheres?

É um bom debate, concordam?

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