Serial talent

Unterweger

O austríaco Johann Unterweger usava como arma o sutiã. Sim, era com o sutiã que ele estrangulava suas vítimas.

Preso e condenado à prisão perpétua, Unterweger começou a escrever na prisão: tinha talento. E muito.  Seus poemas, contos e peças de teatro sensibilizaram a elite literária de Viena, artistas, jornalistas e politicos, que iniciaram uma grande campanha para libertá-lo, dar a ele uma segunda chance: Unterweger foi solto.

Sua vida deu uma virada incrível:  de condenado, tornou-se apresentador de um programa de TV, participante ativo de debates sobre recuperação de presos, escreveu uma biografia que foi  divulgada nas escolas, suas peças foram encenadas.

Mas nao se anime: se é verdade que muitos presidiários são recuperáveis, a natureza de uma pessoa nunca é. Como dizia Maria, a ceguinha do belo documentário  de Roberto Berliner: a pessoa é para o que nasce

Enquanto vivia sua segunda chance, Unterweger matou mais 11. Foi condenado de novo e dessa vez seu talento literário não comoveu  ninguém!

Compartilhe
Share on Facebook0Tweet about this on Twitter0Share on LinkedIn0Share on Reddit0Email this to someone

, ,

15 Responses to Serial talent

  1. Nurys Carela 30 de junho de 2014 at 21:47 #

    (Excuse qualquer gramatico-não sou fluente em Português)
    Não me surpreende
    Gusto muito da psicologia forense. Vejo muitos programas de pesquisa forenensicas,e tenho observado que a maioria dos Serial Killers são extremamente inteligente. E eles sabem muito bem como usar isso e outros atributos

  2. Ivanildo 30 de junho de 2014 at 21:53 #

    Não sou especialista no assunto, mas esse exemplo mostra que o desvio de personalidade não dissimula a natureza humana. Entendo que a natureza do individuo é a essência do caráter que deriva do seu conteúdo espiritual e berço familiar.

    O espirito é criado indivisível e enquanto encarnado atrai os seus assemelhado, que através de sua influencia pode auto-sugestionar a criatura a realizar algo que já é de sua natureza.

    Abraços
    Ivanildo Poderoso Lima

  3. Arlete 30 de junho de 2014 at 22:17 #

    Eu acho que por ele ser talentoso, ele teve uma segunda chance, que na verdade não se resultou em nada, pois continuou sua trajetória macabra, matando pessoas. e na real, se é verdade a recuperação de presidiários, a natureza da pessoa nunca é. #SimplesAssim 😉

  4. Orrico Delgado 1 de julho de 2014 at 03:36 #

    Uma história muito bizarra, fiquei impressionado com essas pessoas da tal campanha, mais até do que o próprio assassino.

  5. admin 1 de julho de 2014 at 04:39 #

    eu também!

  6. Leila 2 de julho de 2014 at 01:57 #

    Muito desses pesicopatas tem por tras um grande talento…. conquista as pessoas com belas e lindas palavras…e depois que estao bem preparadas, dao o bote… Talvez estas pessoas de campanha tenham acreditado no poder de recuperacao e tenham dado o seu voto de confianca…Mas nao fica por ai…crer em quem?, o inimigo mora a lado…

  7. Christina Amaral 2 de julho de 2014 at 20:27 #

    Desde pequena minha mae me contava o seguinte fato:
    Na casa ao lado em ela morava havia um jovem adolescente que era assediado por um homem bem mais vellh.
    O rapaz nao era homossexual e nao cedia as investidas,ele acabou assassinando o rapaz.
    Ficou preso durante algum tempo e foi solto.
    Pouco tempo depois cometeu um crima absolutamente igual.
    Nao acredito em recuperação de pessoas que cometem esses crimes barbaros é questão de tempo para reoetí-los.
    Eu tenho 64 anos minha mãe se viva fosse teria uns 84 isto ocorreu quando ela era adplescente.

  8. admin 2 de julho de 2014 at 20:35 #

    Christina, é mais confortável acreditar que Rousseau tenha razão, que as pessoas sejam boas de natureza, e se pelo meio do caminho algo as corrompeu, será sempre possível recupera-las!

    bom demais se fosse verdade. O certo é que desde que o mundo é mundo tem gente que nasce ruim. E ponto

  9. DENISE FERNANDA 2 de julho de 2014 at 21:27 #

    se não tivesse dado chance para esse homem talvez não tinha cometido mais assassinatos Assassinos não merecem segunda chance infelizmente

  10. Anderson Lima 3 de julho de 2014 at 13:49 #

    Segundo o professor de Psiquiatria da Universidade de Brasília (UnB), Raphael Boechat, o matador em série é um tipo de psicopata cuja característica social é não respeitar normas – ou, comumente, impor suas próprias regras.
    “Ele não tem um freio moral. Seu código de valores é maior do que o código da sociedade”, explica.

  11. Jeff 3 de julho de 2014 at 15:57 #

    Por favor… Que habito imbecil esse que alguns intelectuais possuem. Confundir instrução com educação, confundir instrução com caráter, com sabedoria. Por isso que me tapo de novo quando vejo alguém se gabando por só se relacionar com pessoas que possuem graduação, doutorado e o caraca. Que aprendam de uma vez por todas: caráter e talento nem sempre andam juntos, Caráter e grau de instrução não dependem um do outro pra existir.

  12. Sandra McPherson 4 de julho de 2014 at 17:53 #

    Esta semana no canal da sky esta havendo a semana serial killer,e fico impressionada em como sao gentis,e inteligentes,no final do programa eles fazem a pergunta “sera que ja nasceram para matar?” e alguns psicologos forenses,dizem que talvez aquele cromossomo que esta ali escondido,quando acontece algo chocante na vida deles(violencia,abuso em casa ou fora dela),talvez acenda o “killer instict”,mas e como um deles disse,que tem muita gente que sofre algun tipo de violencia na vida e nem por isso todos irao virar um Seria Killer.

  13. Ana Beatriz Barbosa 6 de julho de 2014 at 00:47 #

    A falta de identidade por parte dos Borders o transformam em uma folha de papel em branco onde os psicopatas costumam escrever a história que desejam para exercerem seus poderes perversos ! Sempre temos que estar atentos : atrás de uma Border , pode sempre haver um psicopata a espreita !

  14. Ana Beatriz Barbosa 6 de julho de 2014 at 00:54 #

    Psicopatas possuem funções cognitivas perfeitas , por isso podem apresentar talentos racionais diversos . O que lhes falta é o conteúdo emocional ! Ter talento para música , medicina , direito , psicologia , etc não é atestado de “boa índole ” .Cuidado : não se deixe enganar !!!! Nenhum psicopata “vira” bonzinho por ter seu talento cognitivo reconhecido e/ou exaltado !

  15. admin 6 de julho de 2014 at 02:19 #

    Essa capacidade deles confunde muita gente: as pessoas tendem a simpatizar com talentos, e a acreditar que talento traga junto sensibilidade e intensidade emocional… É aí que os Unterwegers se criam!

Deixe uma resposta

Powered by WordPress. Designed by Woo Themes