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Serial lover

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Nos já falamos sobre a atração que serial killers despertam: difícil de acreditar, mas muita gente aspira -e não raro consegue- se casar com eles, mesmo já condenados à perpétua ou à morte.

Agora é Charles Manson, considerado um dos serial killers mais perigosos de todos os tempos, até mesmo porque não matou ninguém diretamente (que se tenha comprovado). Fez mais que isso: armou a mão de uma garotada que matou por ele, sob as ordens dele. Como essas três da foto abaixo:

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Aqui no Brasil, com certeza, Manson nem estaria preso, mas nos EUA a conversa é diferente: foi condenado à morte. Posteriormente, mudanças nas leis penais comutaram a pena em prisão perpétua. E de lá, pasme: continua a cultivar uma legião de admiradores em todo o mundo, e agora conquistou uma noiva: vai se casar.

Star

Essa mocinha está noiva de Manson. Ela é Afton Burton, conhecida como Star, e tem só 26 anos. Não era nem nascida quando, nos idos dos anos 60, Manson promoveu a noite de terror que vitimou Sharon Tate, esposa de Roman Polanski e grávida do primeiro filho do casal.

Star está “louca de amor” pelo serial killer. Impressionada com suas histórias, começou a se corresponder com ele. E aos 19 anos, jogou a vida que tinha pro alto e se mudou para as proximidades da cadeia, de modo a ficar mais perto do amado. Alimenta um blog de apoio a ele na internet.

Em entrevista à CNN, Star justificou a escolha:

O Charlie é tudo o que é ar, árvores, água, animais (…) Estou completamente com ele, ele está completamente comigo. Foi para isto que nasci

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Serial talent

Unterweger

O austríaco Johann Unterweger usava como arma o sutiã. Sim, era com o sutiã que ele estrangulava suas vítimas.

Preso e condenado à prisão perpétua, Unterweger começou a escrever na prisão: tinha talento. E muito.  Seus poemas, contos e peças de teatro sensibilizaram a elite literária de Viena, artistas, jornalistas e politicos, que iniciaram uma grande campanha para libertá-lo, dar a ele uma segunda chance: Unterweger foi solto.

Sua vida deu uma virada incrível:  de condenado, tornou-se apresentador de um programa de TV, participante ativo de debates sobre recuperação de presos, escreveu uma biografia que foi  divulgada nas escolas, suas peças foram encenadas.

Mas nao se anime: se é verdade que muitos presidiários são recuperáveis, a natureza de uma pessoa nunca é. Como dizia Maria, a ceguinha do belo documentário  de Roberto Berliner: a pessoa é para o que nasce

Enquanto vivia sua segunda chance, Unterweger matou mais 11. Foi condenado de novo e dessa vez seu talento literário não comoveu  ninguém!

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Serial date

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Esse é o Rodney Alcala, serial killer que tocou o terror na California,  e agora está no corredor da morte.  Os policiais que o prenderam o comparam a Ted Bundy: “uma máquina de matar!”

Pra vocês verem o quanto os psicopatas sentem prazer em  manipular, no meio da sua onda de crimes ele se inscreveu num programa de televisão: o Dating Game, uma espécie de Namoro na TV.

E pasmem: saiu vencedor!

A moça que o escolheu tinha um anjo da guarda que não brincou em serviço:  acabou não saindo com ele! Escapou por muito pouco de ser a próxima vitima!

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Quem foi o primeiro serial killer?

Não era um homem, era uma mulher:

Locusta

 Locusta, a envenenadora que viveu em Roma, no primeiro século depois de Cristo, foi a primeira serial killer publicamente reconhecida como tal.

Sabia tudo sobre venenos, e tinha clientela vip, incluindo Messalina, que recorreu a ela para  livrar-se de um amante incômodo.  Mas Locusta começou mesmo a se tornar poderosa quando Agripina encomendou a ela a morte do marido, o Imperador Claudio. Locusta preparou os cogumelos fatais, e foi assim que o filho de Agripina, Nero, substituiu o tio como imperador. Sim,  Nero, aquele mesmo que mandou incendiar Roma.

Nero recorreu a ela para afastar outra ameaça a seu reinado: o filho de Claudio, Britanicus, que por direito devia herdar o titulo do pai. Locusta  envenenou Britanicus e Nero pode reinar sem contestação.

Depois do feito, passou a ter muitas regalias. Ganhou imunidade, terras e até discípulos. Contam os historiadores da Roma antiga que testava a eficiência dos seus venenos em animais e escravos.

E assim viveu até o suicídio de Nero, quando foi presa e condenada a uma morte espetaculosa :  estuprada em praça publica por uma girafa treinada pra isso, e jogada ainda viva para ser dilacerada pelos animais.

 

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Um show de manipulação!

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Essa capacidade de enrolar o outro, observada na vida real,  tem sido material para a criação dos psicopatas da ficção: Dexter, Hannibal, Norman Bates (de Psicose), e tantos outros. Todos eles perfeitamente encaixados no mundo social, e tidos como acima de qualquer suspeita.

Você sabia que Chico Estrela, o maníaco do parque, era um simpático instrutor de patins? muito querido pelas crianças? pois é…

Gilmar Rodrigues , autor do livro Loucas de Amor, conta a história que ouviu do delegado que o prendeu. É um exemplo perfeito do poder de manipulação de um psicopata:

Pouco dias depois de ser preso, uma vítima sobrevivente dos ataques de Francisco pediu para vê-lo. Karina conheceu Chico Estrela no Parque do Ibirapuera, onde ambos patinavam. Convidada a ir a um  “suposto novo ringue de patinação”, no Parque do Estado, foi atacada, mas conseguiu fugir. Ela queria cobrar explicações sobre  que havia lhe acontecido.

O delegado Sergio Alves consultou o preso pra ver se ele concordava em vê-la. Chico fumava um cigarro. Sua expressão era de uma indiferença superior, arrogante, nem se importava com um grupo de pessoas que, fora do prédio, gritava “lincha”, “lincha”, “mata”! Ele concordou em ver a moça, pediu apenas para terminar de fumar.

Rodeada de policiais, para lhe garantir segurança, Karina entrou na cela. Nessa hora Chico apagou o cigarro e se voltou em direção a ela, mas não a encarou. Manteve os olhos fixos no chão, como se pesassem. Nesse momento, o delegado notou uma transformação surpreendente em Francisco. A postura arrogante cedera lugar à humildade. Era uma transformação física, até. De um homem forte e grande, ele parecia diminuir, encolher e se transformar numa criatura fraca e indefesa. Quando seus olhos levantaram e encararam sua vítima, ele tinha no rosto um olhar de abandono, de inocência. Karina olhou firme nos olhos dele:

-bonito o que você fez, hem Chico?!

-Nao, nao fui eu! não foi o Chico que você conhece!

Sem mostrar a menor hesitação, ele continuou no papel de vítima, dizendo que uma força incontrolável, independente da sua vontade, se apossava dele durante os crimes. Aquele corpo que estava ali, na frente dela, fora vítima de uma outra personalidade que o dominara -essa sim, maléfica e cruel.

Hábil em lidar com sentimentos e manipular pessoas, ele começou a esmorecer a indignação de Karina. Fragilizada emocionalmente e muito nervosa, a moça aos poucos passou do ódio à compaixão. Os olhos de sofrimento dele lhe causaram a impressão de que agora ele era um desgraçado que passaria o resto dos seus dias na cadeia. E ela sentiu pena. Não importava mais o que ele havia feito. Karina foi amolecendo, foi sendo tomada de sentimentos “bons”por ele.

O sedutor instintivo e quase irresistível a atacou e seduziu mais uma vez, queria agora o seu perdão. Os olhos de Karina se encheram de lágrimas. Ele também começou a chorar. E, aos prantos, os dois se abraçaram.

Em volta deles, os agentes observavam tudo de boca aberta!

(extraído do livro Loucas de Amor, de Gilmar Rodrigues)

 

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