O austríaco Johann Unterweger usava como arma o sutiã. Sim, era com o sutiã que ele estrangulava suas vítimas.
Preso e condenado à prisão perpétua, Unterweger começou a escrever na prisão: tinha talento. E muito. Seus poemas, contos e peças de teatro sensibilizaram a elite literária de Viena, artistas, jornalistas e politicos, que iniciaram uma grande campanha para libertá-lo, dar a ele uma segunda chance: Unterweger foi solto.
Sua vida deu uma virada incrível: de condenado, tornou-se apresentador de um programa de TV, participante ativo de debates sobre recuperação de presos, escreveu uma biografia que foi divulgada nas escolas, suas peças foram encenadas.
Mas nao se anime: se é verdade que muitos presidiários são recuperáveis, a natureza de uma pessoa nunca é. Como dizia Maria, a ceguinha do belo documentário de Roberto Berliner: a pessoa é para o que nasce
Enquanto vivia sua segunda chance, Unterweger matou mais 11. Foi condenado de novo e dessa vez seu talento literário não comoveu ninguém!