Ela é batalhadora, criou a filha sozinha e é uma graça de mulher. Mas quem disse que ela se enxerga assim, como os outros a vêem? Ela é uma border: vive imersa num caldeirão de emoções, em busca de uma identidade que só se realiza na ligação afetiva com o outro -seja um amor, seja um amigo.
E porque precisa sempre do outro pra se sentir existindo, não consegue suportar as rupturas afetivas. Quando o outro se afasta, não é só ele que vai -é a própria identidade dela que vai junto! Daí as explosões, os destemperos, os tresloucados gestos!
Debora é a border de Dupla Identidade. E ama um serial killer.
Os dois livros falam do assunto: Ana Beatriz Barbosa é psiquiatra. Em Corações descontrolados ela traça um perfil da personalidade borderline.
Gilmar Rodrigues é roteirista na Globo. Escreveu com Fido Nesti esse Loucas de Amor, onde entrevista mulheres que vivem paixões tempestuosas por seriais killers, mudaram suas vidas e empenharam tudo de si para segui-los!
Entre as entrevistadas, a esposa do Maníaco do Parque (sim, ele se casou na prisão com uma professora), e a viúva eterna e devotada do Bandido da Luz Vermelha.
O que faz uma mulher amar um matador de mulheres?
É um bom debate, concordam?