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Poirot e a “massa cinzenta”

Na galeria dos grandes detetives da literatura policial, o belga Hercule Poirot é um dos mais fascinantes.

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Criado por Agatha Christie, Poirot é um homenzinho elegante, excêntrico, meticuloso, cheio de maneirismos que fazem com que, num primeiro momento, a policia dos locais para onde é chamado, ria dele e desacredite de sua capacidade.

A recíproca é verdadeira: Poirot sente profundo desprezo pelos métodos convencionais de investigação, e define seus colegas policiais  como “cães de caça humanos”,  a seguir pistas, pegadas, impressões digitais, vestígios. O “grande Poirot” precisa apenas de sua massa cinzenta para resolver um caso. E faz isso sentado em sua poltrona.

Ao contrário de Sherlock Holmes, que parte da observação do local do crime para  fazer deduções, Poirot parte  de seu profundo conhecimento da psicologia humana. Por isso, ao invés de correr atrás das provas cientificas, prefere conversas longas e informais com os envolvidos no caso.

A solução do crime ele revela de  maneira sempre teatral e grandiosa: reunindo numa sala todos os suspeitos e envolvidos no caso, e em grandes viradas da narrativa, que nos faz suspeitar ora de um, ora de outro, vai desfiando toda a sua linha de raciocínio até a revelação  final.

Agatha Christie o matou num livro que deveria (e só foi)  publicado depois de sua morte: “Cai o Pano”.

E Hercule Poirot  teve a honra de ser a única personagem da literatura a ganhar obituário na primeira página do New York Times.

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Elementar, meu caro Watson

Se o profiler criminal é uma profissão moderna, os “caçadores de mentes” vêm de muito mais longe: eles surgem na literatura policial. São os detetives que antecedem e inspiram os “caçadores de mentes” das séries e filmes que assistimos hoje.

Vamos lembra-los? pra começar, a inesquecível personagem de Sir Arthur Conan Doyle – Sherlock Holmes.

Sherlock Holmes

Sherlock Holmes

Sherlock Holmes resolvia os casos que lhe caíam nas mãos através do método analítico dedutivo. Combinando observação,  dedução e  conhecimento.

Para que pudéssemos seguir a trilha de seu raciocínio na solução dos enigmas, tinha como companheiro um ser bastante comum -Watson- que como a maioria das pessoas, dizia Sherlock, olha mas não vê.  

As coisas aparentemente insignificantes são as mais importantes. Meu método é baseado na observação das pequenas coisas (Sherlock Holmes) 

Sherlock acendia o cachimbo e afundava em sua poltrona, enquanto refletia sobre o conjunto de pequenas coisas que tinha observado,  e durante horas,  noites a fio, formulava hipóteses, comparava hipóteses, até chegar à solução correta:

Tenho o costume de nunca ter qualquer pré conceito, e seguir naturalmente para onde os fatos me levem (O Enigma de Reigate)

O caso pode parecer apontar diretamente para uma única direção, mas se você mudar um pouco seu ponto de vista, é possível que descubra um angulo totalmente diferente (O Mistério do Vale Boscombe)

Quando elimina-se o impossível, o que resta, por mais improvável que pareça, tem que ser a verdade (O Signo dos Quatro)

E terminamos o post com uma observação de Sherlock, verdadeira e utilíssima para todos nos:

Para mim, o cérebro humano, em sua origem, é como um sótão vazio que você pode encher com os móveis que quiser. Um tolo vai entulhá-lo com todo tipo de coisa que for encontrando pelo caminho, de tal forma que o conhecimento que poderia ser-lhe útil ficará soterrado ou, na melhor das hipóteses, tão misturado a outras coisas que não conseguirá encontra-lo quando necessitar dele. O especialista, ao contrário, é muito cuidadoso com aquilo que coloca em seu sótão cerebral. Guardará apenas as ferramentas de que necessita para seu trabalho, mas dessas terá um grande sortimento mantido na mais perfeita ordem. É um engano pensar que o quartinho tem paredes elásticas que podem ser estendidas à vontade. Chega a hora em que, a cada acréscimo de conhecimento, você esquece algo que já sabia. É da maior importância, portanto, evitar que informações inúteis ocupem o lugar daquelas que têm utilidade.

(O Estudo em Vermelho)

Os apaixonados por Sherlock Holmes vão gostar:

The Sherlock Holmes Museum
Visita ao Sherlock Holmes Museum

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Serial Killers das telas

Alguns dos melhores e mais famosos serial killers do cinema e da TV: qual é o seu preferido?

Anthony Perkins como Norman bates

Norman Bates (de Psicose)

The Fall

Paul Spector (The Fall)

Unknown

Dexter Morgan (Dexter)

Hannibal-

Hannibal Lecter (Hannibal)

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Quem diria?

Bella Gunness

Uma das figuras mais conhecidas do universo dos serial killers é essa senhora simpática, que aparece na foto com ares de tataravó.

Ela é Bella Gunness, (1873-1962), e com essa postura de rainha do lar e mãe devotada, exterminou maridos, filhos e namorados, para receber seus seguros de vida. Estima-se que tenha matado cerca de 40 pessoas.

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O enigma do Zodíaco

 

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Zodíaco foi um serial killer, que tocou o terror nos EUA, na década de 60.  Sua identidade nunca foi descoberta. O relato de um sobrevivente diz que ele se vestia assim:

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Como todo bom psicopata, o Zodíaco era exibido! não se contentava em sair por aí, multiplicando vitimas: curtia manter correspondência com  a policia e com a imprensa, através de mensagens provocativas e zombeteiras, que ele assinava com o símbolo do zodíaco:

Veja uma delas:

“Aqui quem fala é o Zodíaco. Eu fiquei bastante irritado com o povo da Bay Area de San Francisco. Eles não acataram meus desejos de que usassem um bottom com meu símbolo. Prometi puni-los se não acatassem, aniquilando um ônibus escolar. Mas agora as escolas estão de férias por causa do verão, então eu os puni de outra maneira. Atirei em um homem sentado em um carro estacionado com um .38. O mapa que acompanha este código diz onde a bomba está. Vocês têm até o outono para desenterrá-la.”

Esses complementos vinham num código que  até hoje ninguém conseguiu decifrar:

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Serial lover

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Nos já falamos sobre a atração que serial killers despertam: difícil de acreditar, mas muita gente aspira -e não raro consegue- se casar com eles, mesmo já condenados à perpétua ou à morte.

Agora é Charles Manson, considerado um dos serial killers mais perigosos de todos os tempos, até mesmo porque não matou ninguém diretamente (que se tenha comprovado). Fez mais que isso: armou a mão de uma garotada que matou por ele, sob as ordens dele. Como essas três da foto abaixo:

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Aqui no Brasil, com certeza, Manson nem estaria preso, mas nos EUA a conversa é diferente: foi condenado à morte. Posteriormente, mudanças nas leis penais comutaram a pena em prisão perpétua. E de lá, pasme: continua a cultivar uma legião de admiradores em todo o mundo, e agora conquistou uma noiva: vai se casar.

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Essa mocinha está noiva de Manson. Ela é Afton Burton, conhecida como Star, e tem só 26 anos. Não era nem nascida quando, nos idos dos anos 60, Manson promoveu a noite de terror que vitimou Sharon Tate, esposa de Roman Polanski e grávida do primeiro filho do casal.

Star está “louca de amor” pelo serial killer. Impressionada com suas histórias, começou a se corresponder com ele. E aos 19 anos, jogou a vida que tinha pro alto e se mudou para as proximidades da cadeia, de modo a ficar mais perto do amado. Alimenta um blog de apoio a ele na internet.

Em entrevista à CNN, Star justificou a escolha:

O Charlie é tudo o que é ar, árvores, água, animais (…) Estou completamente com ele, ele está completamente comigo. Foi para isto que nasci

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sobre serial killers

Juliana, a jornalista que escreve o blog Salvem os Gatos (crônicas, ensaios e pensamentos), morou nos Estados Unidos e estava lá na época da execução de Ted Bundy: assistiu de perto o impacto dos feitos do serial killer sobre a sociedade de então.  Hoje ela começa a  falar sobre isso aqui pra gente. E começa com o resumo do que pôde concluir sobre serial killers a partir dessa experiência.

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Arregale os olhos: não há lição aprendida para o serial-killer.

Serial Killers são charmosos, eloquentes e inteligentes. Transitam entre nós com sua maldade dissimulada em um sorriso nos lábios. Capazes de fingir afeto, alegria e tristeza, geralmente eles têm uma desenvoltura social e uma fluência verbal maravilhosas. Para eles, não existe censura e arrependimento. Compulsivos, explosivos, instáveis e perversos, não têm sentimentos para serem magoados. Carregam uma surdez espiritual, em que aquela voz secreta da alma, que habita o interior dos humanistas e os orienta para o caminho do bem, não é percebida. Mentem a torto e a direito, e não se constrangem quando descobertos. No entanto, os seres humanos têm enorme dificuldade em encarar a existência do mal. Fechamos os olhos, tapamos os ouvidos e preferimos desviar o olhar ao reconhecer traços de um psicopata. É comum justificar as atrocidades de personalidades criminosas com base em suas raízes familiares ou até buscar indícios que tornem a vitima a verdadeira ré. Como aceitar que alguém é capaz de atitudes perversas sem nenhum motivo? Sabe-se que a maldade, na sua essência, existe. Segundo as estatísticas americanas, a cada 25 pessoas, uma carrega a perversão como traço marcante em sua personalidade. E pior, o mal não é transitório, é definitivo no psicopata. Quer queiramos aceitar, quer não, o mal está entre nós!

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Um “filho de Sam” em Goiania??

Uma série de crimes com o mesmo “modus operandi” leva a policia de Goiânia a suspeitar que um serial killer esteja em ação na cidade. Formou-se uma força tarefa, e a população -como acontece em todos os lugares onde se detecta a presença de um serial killer- está em pânico.

As vitimas são todas mulheres, entre 14 e 29 anos, abatidas a tiros em lugares públicos, por um motoqueiro que faz a mira e dispara, sem dizer nada.

O serial killer David Berkovitz, conhecido como “o filho de Sam”, fazia igualzinho. Aterrorizou Nova York atirando em pessoas que nem sequer conhecia, dentro de carros, nos pontos de ônibus, etc.

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A polícia demorou um ano para conseguir identifica-lo e prende-lo. Foi condenado a 365 anos de prisão. Continua lá.

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Ted Bundy nas séries de TV

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E continuando com os serial killers reais que inspiram muito das nossas séries preferidas: esse é Ted Bundy, conhecido pelos estudiosos do assunto como “o Picasso da comunidade dos serial killers”.

Advogado brilhante, estudante de psicologia, bonito, charmoso, educado, Bundy era alguém acima de qualquer suspeita. Quando foi pego e condenado à cadeira elétrica, a maior parte da sociedade não acreditou que fosse culpado dos crimes que lhe atribuíam.

Enquanto fazia vitimas, Bundy atuava como voluntário num serviço de atendimento a suicidas! e quem trabalhou com ele diz que era competente até demais nisso.

Estão pensando na série The Fall? pois é, a personagem de Jamie Dornan é voluntário num serviço de atendimento familiar

Jamie Dornan

Assim como em Dupla Identidade, nosso Edu será voluntário num serviço de auto-ajuda!

Bruno

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